segunda-feira, 21 de outubro de 2013

ANÁLISE DE PROVA E PREVISÕES PARA O ENEM 2013




ANÁLISE E PREVISÕES PARA O ENEM
(2010 - 2013)

Analisando as provas do Enem dos últimos 03 anos, podemos perceber algumas coisas interessantes. A primeira é que se vê consolidada a tentativa de distribuir o número de questões de história por todo o conteúdo.
Questões sobre Brasil Colônia e Brasil Império sempre compõem um assunto intermediário, especialmente trazendo temas como escravidão, religiosidade, política indigenista.
Mesmo assim, é fácil perceber que a prova sempre tem um “centro”, um foco: em 2010 esse foco foi Brasil República, em especial República Velha; em 2011 foi novamente Brasil República, com 8 questões no total, concentradas do Período 46-64 à “Nova República”, e em 2012 foi uma prova Contemporânea – tanto para Brasil quanto para Geral
Nos últimos três anos, tivemos questões de história geral, com pouca atenção para história antiga e história medieval, mas com frequência para questões de história moderna, especialmente relacionadas com absolutismo e, em 2012, por exemplo, com predominância para questões bem contemporâneas. Interessante, neste sentido, perceber também a presença de temas recorrentes, como Revoluções Burguesas e Iluminismo; Revolução Industrial e reorganização do trabalho, que aparecem em todas as últimas três provas.
Considerando essas observações, e considerando também o contexto histórico que vivemos em 2012-2013, podemos esperar que a tendência a uma prova mais Contemporânea, tanto em história geral como em história do Brasil, permaneçam.
Podemos prever questões relacionadas com o Oriente Médio, tanto para os episódios no Egito quanto na Síria, considerados a partir da perspectiva dos levantes populares relacionados com as novas mídias, especialmente as “redes sociais”.
Uma questão sobre história da América focada no Golpe do Chile, em 1973, também é bastante esperada.
Para o Brasil, podemos esperar questões ligadas a movimentos sociais, fazendo um link com o que fizemos neste ano. Neste sentido, destacamos: a Campanha do Petróleo é Nosso e seus desdobramentos, com a criação da Petrobrás.
Apostaríamos também nos movimentos que antecederam o Golpe Militar de 1964, e chamo a atenção para esse período (Período Militar - 64-85), considerando as atividades da “Comissão da Verdade” que levantaram tantas discussões e notícias ao longo do ano.
Da mesma forma, fim do Período Militar e a recosntrução institucional do país, com a Constituição de 1988, certamente representam um ponto extremamente importante.

Algumas questões relacionadas a estes assunto para que vocês possam se exercitar e perceber como podem ser cobrados:

01. A eleição de Salvador Allende em 1970 no Chile constitui-se num acontecimento específico atípico no panorama geral da América Latina.
Sua política de governo se caracterizou por ser:
    a) nacionalista, com exclusão de membros da Guarda Nacional – bastião de poder no governo anterior.
    b) liberal, com livre importação de produtos manufaturados.
    c) isolacionista no contexto continental, com pressões militares e econômicas por parte dos Estados Unidos.
    d) democrática, com amplo respaldo popular e de grupos esquerdistas cristãos.
    e) reformista, com privatizações dos bancos estatais e manutenção da reforma agrária iniciada anteriormente.
02.Os protestos nessa revolução iniciaram-se em janeiro de 2011, com o objetivo de derrubar o então ditador Hosni Mubarak, o que foi concretizado em menos de um mês. Os rebeldes foram profundamente influenciados por outra revolução realizada em um país próximo, que derrubou o então ditadorZine El Abidini Ben Ali, que se encontrava há 24 anos no poder.
As revoluções a que o texto se refere são, respectivamente:
a) Revolução dos Clérigos, em Bangladesh, e a Revolução dos Trópicos, na China.
b) Revolução de Independência da Bósnia e a Revolta Militar Sérvia.
c) Revolução de Lótus, no Egito, e Revolução de Jasmim, na Tunísia.
    d) Revolução da Síria e Revolução Iraniana.


03.Relacione as colunas, ligando os ditadores que foram alvos das revoluções da Primavera Árabe aos seus respectivos países.
(1) Muammar Kadhafi.
(2) Hosni Mubarak
(3) Ali Abdullah Saleh
(4) Bashar al-Assad
(5) Zine El Abidini Ben Ali.
(  ) Iêmen
(  ) Tunísia
(  ) Líbia
(  ) Egito
(  ) Síria


Resposta: 3,5,1,2, 4


04. "Primavera Árabe" precisa ser aposentada
Eu acho que agora é oficial: a "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Não tem nada de primaveril acontecendo por lá. O mais amplo, mas ainda vagamente esperançoso, "Despertar Árabe" também já não parece válido, considerando-se tudo o que já foi despertado. E, por isso, o estrategista Anthony Cordesman provavelmente está certo quando afirma que atualmente é melhor falar da "Década Árabe" ou do "Quarto de Século Árabe" – um longo período de instabilidade intranacional e intrarregional, durante o qual a luta tanto pelo futuro do Islã quanto pelo futuro de cada país árabe se misturou em um "choque dentro de uma civilização" [...].
FRIEDMAN, Thomas L. "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Uol Notícias, 13/04/2013. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/thomas-friedman/2013/04/13/primavera-arabe-precisa-ser-aposentada.htm
De acordo com a leitura do texto e com os seus conhecimentos sobre o que se denominou por “Primavera Árabe”, assinale a alternativa incorreta:
a) O autor defende a ideia de que a expressão “Primavera Árabe” não é suficiente para designar as sucessivas revoltas populares no Oriente Médio em razão do caráter duradouro desses movimentos, que se estendem por mais tempo do que uma simples estação do ano.
b) A escolha do autor pela expressão “Década Árabe” se deve ao fato de as revoluções da Primavera Árabe já terem completado dez anos de existência.
c) Ao contrário do que ocorre na Tunísia e no Egito, as revoluções na Líbia e na Síria caracterizam-se pelo confronto militar entre tropas leais aos regimes e os povos rebeldes.
d) Nem todas as revoluções da Primavera Árabe desejam a deposição dos governantes, a exemplo da população do Marrocos, que defende apenas a diminuição dos plenos poderes do Rei Mohammed VI.
e) Percebe-se no texto que o autor preconiza a ideia de que a duração das sucessivas revoluções árabes pode ser maior do que a comunidade internacional imaginava.


05.
A disputa pela redistribuição dos royalties do petróleo entre estados e municípios brasileiros se acirrou no final de 2012, em função de novas regras para o setor votadas no Congresso Nacional.
Essa disputa decorre diretamente da característica político-econômica do país indicada em:
(A) controle da União sobre a regulação do acesso às riquezas hidrominerais
(B) dependência de capitais estrangeiros no fornecimento de matérias-primas
(C) monopólio da legislação federal sobre os insumos para a indústria de base
(D) adequação dos padrões tecnológicos na preservação dos recursos ambientais


O segundo Governo Vargas (1951-1954) caracterizou-se por forte orientação nacionalista. Entre as iniciativas que marcaram esse período, destaca-se a criação da Petróleo Brasileiro S.A., a Petrobras, mediante a Lei n. 2.004, aprovada pelo Congresso em 3 de outubro de 1953. É CORRETO afirmar que essa Lei
a) deu origem à campanha "O petróleo é nosso", o que reforçou o sentimento nacionalista entre os brasileiros e fez crescer o apoio a Vargas.
b) foi o estopim da crise política que levou ao suicídio de Vargas, pois a Lei deixou a distribuição do petróleo nas mãos de empresas estrangeiras.
c) motivou a crítica, por parte do escritor paulista Monteiro Lobato, à criação da empresa estatal de petróleo.
d) teve como eixo a imposição do monopólio estatal sobre a produção de petróleo, considerado condição necessária para a soberania nacional.


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