ANÁLISE E
PREVISÕES PARA O ENEM
(2010 -
2013)
Analisando
as provas do Enem dos últimos 03 anos, podemos perceber algumas
coisas interessantes. A primeira é que se vê consolidada a
tentativa de distribuir o número de questões de história por todo
o conteúdo.
Questões
sobre Brasil Colônia e Brasil Império sempre compõem um assunto
intermediário, especialmente trazendo temas como escravidão,
religiosidade, política indigenista.
Mesmo
assim, é fácil perceber que a prova sempre tem um “centro”, um
foco: em 2010 esse foco foi Brasil República, em especial República
Velha; em 2011 foi novamente Brasil República, com 8 questões no
total, concentradas do Período 46-64 à “Nova República”, e em
2012 foi uma prova Contemporânea – tanto para Brasil quanto para
Geral
Nos
últimos três anos, tivemos questões de história geral, com pouca
atenção para história antiga e história medieval, mas com
frequência para questões de história moderna, especialmente
relacionadas com absolutismo e, em 2012, por exemplo, com
predominância para questões bem contemporâneas. Interessante,
neste sentido, perceber também a presença de temas recorrentes,
como Revoluções Burguesas e Iluminismo; Revolução
Industrial e reorganização do trabalho, que aparecem em todas
as últimas três provas.
Considerando
essas observações, e considerando também o contexto histórico que
vivemos em 2012-2013, podemos esperar que a tendência a uma prova
mais Contemporânea, tanto em história geral como em história do
Brasil, permaneçam.
Podemos
prever questões relacionadas com o Oriente Médio, tanto para
os episódios no Egito quanto na Síria, considerados a
partir da perspectiva dos levantes populares relacionados com as
novas mídias, especialmente as “redes sociais”.
Uma
questão sobre história da América focada no Golpe do Chile,
em 1973, também é bastante esperada.
Para
o Brasil, podemos esperar questões ligadas a movimentos sociais,
fazendo um link com o que fizemos neste ano. Neste sentido,
destacamos: a Campanha do Petróleo é Nosso e seus desdobramentos,
com a criação da Petrobrás.
Apostaríamos
também nos movimentos que antecederam o Golpe Militar de 1964, e
chamo a atenção para esse período (Período Militar - 64-85),
considerando as atividades da “Comissão da Verdade” que
levantaram tantas discussões e notícias ao longo do ano.
Da
mesma forma, fim do Período Militar e a recosntrução institucional
do país, com a Constituição de 1988, certamente representam
um ponto extremamente importante.
Algumas
questões relacionadas a estes assunto para que vocês possam se
exercitar e perceber como podem ser cobrados:
01.
A eleição de Salvador Allende em 1970 no Chile constitui-se num
acontecimento específico atípico no panorama geral da América
Latina.
Sua
política de governo se caracterizou por ser:
a)
nacionalista, com exclusão de membros da Guarda Nacional –
bastião de poder no governo anterior.
b)
liberal, com livre importação de produtos manufaturados.
c)
isolacionista no contexto continental, com pressões militares e
econômicas por parte dos Estados Unidos.
d)
democrática, com amplo respaldo popular e de grupos esquerdistas
cristãos.
e)
reformista, com privatizações dos bancos estatais e manutenção
da reforma agrária iniciada anteriormente.
02.Os
protestos nessa revolução iniciaram-se em janeiro de 2011, com o
objetivo de derrubar o então ditador Hosni
Mubarak,
o que foi concretizado em menos de um mês. Os rebeldes foram
profundamente influenciados por outra revolução realizada em um
país próximo, que derrubou o então ditadorZine
El Abidini Ben Ali,
que se encontrava há 24 anos no poder.
As
revoluções a que o texto se refere são, respectivamente:
a)
Revolução dos Clérigos, em Bangladesh, e a Revolução dos
Trópicos, na China.
b)
Revolução de Independência da Bósnia e a Revolta Militar Sérvia.
c)
Revolução de Lótus, no Egito, e Revolução de Jasmim, na Tunísia.
d)
Revolução da Síria e Revolução Iraniana.
03.Relacione
as colunas, ligando os ditadores que foram alvos das revoluções da
Primavera Árabe aos seus respectivos países.
(1)
Muammar Kadhafi.
(2)
Hosni Mubarak
(3)
Ali Abdullah Saleh
(4)
Bashar al-Assad
(5)
Zine El Abidini Ben Ali.
(
) Iêmen
(
) Tunísia
(
) Líbia
(
) Egito
(
) Síria
Resposta:
3,5,1,2, 4
04.
"Primavera Árabe" precisa ser aposentada
Eu
acho que agora é oficial: a "Primavera Árabe" precisa ser
aposentada. Não tem nada de primaveril acontecendo por lá. O mais
amplo, mas ainda vagamente esperançoso, "Despertar Árabe"
também já não parece válido, considerando-se tudo o que já foi
despertado. E, por isso, o estrategista Anthony Cordesman
provavelmente está certo quando afirma que atualmente é melhor
falar da "Década Árabe" ou do "Quarto de Século
Árabe" – um longo período de instabilidade intranacional e
intrarregional, durante o qual a luta tanto pelo futuro do Islã
quanto pelo futuro de cada país árabe se misturou em um "choque
dentro de uma civilização" [...].
FRIEDMAN,
Thomas L. "Primavera Árabe" precisa ser aposentada. Uol
Notícias,
13/04/2013. Disponível
em: http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/thomas-friedman/2013/04/13/primavera-arabe-precisa-ser-aposentada.htm
De
acordo com a leitura do texto e com os seus conhecimentos sobre o que
se denominou por “Primavera Árabe”, assinale a
alternativa incorreta:
a)
O autor defende a ideia de que a expressão “Primavera Árabe”
não é suficiente para designar as sucessivas revoltas populares no
Oriente Médio em razão do caráter duradouro desses movimentos, que
se estendem por mais tempo do que uma simples estação do ano.
b)
A escolha do autor pela expressão “Década Árabe” se deve ao
fato de as revoluções da Primavera Árabe já terem completado dez
anos de existência.
c)
Ao contrário do que ocorre na Tunísia e no Egito, as revoluções
na Líbia e na Síria caracterizam-se pelo confronto militar entre
tropas leais aos regimes e os povos rebeldes.
d)
Nem todas as revoluções da Primavera Árabe desejam a deposição
dos governantes, a exemplo da população do Marrocos, que defende
apenas a diminuição dos plenos poderes do Rei Mohammed VI.
e)
Percebe-se no texto que o autor preconiza a ideia de que a duração
das sucessivas revoluções árabes pode ser maior do que a
comunidade internacional imaginava.
05.
A
disputa pela redistribuição dos royalties do petróleo entre
estados e municípios brasileiros se acirrou no final de 2012, em
função de novas regras para o setor votadas no Congresso
Nacional.
Essa disputa decorre diretamente da característica político-econômica do país indicada em:
Essa disputa decorre diretamente da característica político-econômica do país indicada em:
(A)
controle da União sobre a regulação do acesso às riquezas
hidrominerais
(B)
dependência de capitais estrangeiros no fornecimento de
matérias-primas
(C)
monopólio da legislação federal sobre os insumos para a indústria
de base
(D)
adequação dos padrões tecnológicos na preservação dos recursos
ambientais
O
segundo Governo Vargas (1951-1954) caracterizou-se por forte
orientação nacionalista. Entre as iniciativas que marcaram esse
período, destaca-se a criação da Petróleo Brasileiro S.A., a
Petrobras, mediante a Lei n. 2.004, aprovada pelo Congresso em 3 de
outubro de 1953. É CORRETO afirmar que essa Lei
a)
deu origem à campanha "O petróleo é nosso", o que
reforçou o sentimento nacionalista entre os brasileiros e fez
crescer o apoio a Vargas.
b)
foi o estopim da crise política que levou ao suicídio de Vargas,
pois a Lei deixou a distribuição do petróleo nas mãos de empresas
estrangeiras.
c)
motivou a crítica, por parte do escritor paulista Monteiro Lobato, à
criação da empresa estatal de petróleo.
d)
teve como eixo a imposição do monopólio estatal sobre a produção
de petróleo, considerado condição necessária para a soberania
nacional.
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