EXTENSIVO BMW - EXERCÍCIOS


01. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
02. (UFMG) Leia o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.
03. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se
em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.
04. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto
a) a atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria náutica.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem ligações comerciais com o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos portugueses a missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela formação do Estado moderno.
05. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias uma assistência mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos donatários."
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 180.)
As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do governador-geral, à exceção de:
a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à descoberta de metais preciosos.
b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.
c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de valorizar economicamente as terras recebidas.
d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em especial da Companhia de Jesus.
e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de cabotagem.
06. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas era uma prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio os outros integrantes da sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas de ouro e de diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que exerciam na colônia.
07. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.
08. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento da expansão mercantil européia da épaca moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da economia colonial.
09. (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde nasci em breve não será pisada por um pé escravo.
(...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos tiranos; hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a liberdade desses infelizes é um emblema sublime (...).
Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade contra a mentira, da liberdade contra a escravidão."
(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do Clube Abolicionista", 1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.)
A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência contra a população escrava. Essa situação, embora característica dos regimes escravocratas, registra inúmeros momentos de rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas, homens e mulheres escravizados reagiram a esta condição, proporcionando formas de resistência que resultaram em processos sociais e políticos que, a médio e longo prazos, influíram na superação dessa modalidade de trabalho.
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão ocorridas no Brasil.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no Brasil no século XIX.
10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação para os mais altos cargos da administração colonial.
11. (UFMG) "Restituídas as capitanias de Pernambuco ao domínio de Sua Majestade, livres já dos inimigos que de fora as vieram conquistar, sendo poderosas as nossas armas para sacudir o inimigo, que tantos anos nos oprimiu, nunca foram capazes para destruir o contrário, que das portas adentro nos infestou, não sendo menores os danos destes do que tinham sido as hostilidades daqueles."
("Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro de Almeida, de 1675 a 1678", citado por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos Palmares. 2.ed. São Paulo: CEN, Col. Brasiliana, 1958. v.302.)
O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de fora as vieram conquistar")
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou considerável crescimento durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos invasores estrangeiros pela população local, o quilombo resistiu a inúmeros ataques de tropas governistas.
a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.
12. (UEL-PR) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na
a) ocupação das áreas litorâneas
b) expulsão do assalariado do campo
c) formação e exploração dos minifúndios
d) fixação do escravo na agricultura
e) expansão para o interior
13. (Cesgranrio-RJ) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e associada à lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas atividades econômicas e aos interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia.
As afirmações abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades dominantes.
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios atraíram os colonizadores.
2) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos luso-espanhóis na Europa.
3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração.
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras.
5) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão da lavoura.
As afirmações corretas são:
a) somente 1, 2 e 4.
b) somente 1, 2 e 5.
c) somente 1, 3 e 4.
d) somente 2, 3 e 4.
e) somente 2, 3 e 5.
14. (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência dos escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições, revoltas, atentados e fugas de escravos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as revoltas, os atentados e as fugas de escravos no período colonial brasileiro?
15. (Cesgranrio-RJ) A expansão da colonização portuguesa na América, a partir da segunda metade do século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos citar:
a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas.
b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por Portugal.
c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras do planalto central.
d) a expansão da lavoura da cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no mercado internacional.
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o expansionismo espanhol.
16. (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil e foi fator de diferenciação da sociedade.
17. (UFMG) Em 1703, Portugal assinou com a Inglaterra o tratado de Methuen. A assinatura desse tratado teve implicações profundas para as economias portuguesa e inglesa.
a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura do tratado.
b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.
c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a economia portuguesa.
d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.
18. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII.
"... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas como se acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo nascimento, era justo que somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na governança delas, porque se a falta de pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta razão, se faz indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito..."
(D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos continuarem a exercer o cargo de
a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para administrarem a capitania.
b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do comércio.
c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens eclesiásticos.
d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da administração local.

GABARITO
01. E
02. A
03. D
04. B
05. E
06. B
07. C
08. C
09. a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em quilombos; outra era a simples passividade perante o trabalho e o não-enfrentamento com o senhor, levando o escravo algumas vezes ao suicídio.
b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), levando ao lento processo de diminuição da população de escravos.
10. A
11. a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do embargo açucareiro decretado por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da União Ibérica de 1580 a 1640, também rei de Portugal.
b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com os holandeses em Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de apaziguamento, os atritos entre holandeses e portugueses ou brasileiros estimulavam as fugas de escravos e contribuíam para o fortalecimento do quilombo.
12. E
13. C
14. a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos.
b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de subversão da ordem econômica brasileira, impedindo eventualmente que a colônia cumprisse sua função perante a metrópole.
15. B
16. E
17. a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União Ibérica (até 1640) e o rompimento das relações com os holandeses.
b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para as importações de tecidos ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os vinhos portugueses.
c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as importações de tecidos ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e condenando o país à especialização agrícola, mais especificamente à produção de vinhos.
d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e, conseqüentemente, sobre o brasileiro.
18. D


(Renascimento, Reforma Religiosa, Absolutismo, Mercantilismo, Iluminismo, Expansão Marítima, Crise do Sistema Colonial: Independência dos EUA)
1. (Enem/1999) "(...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais, há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente mas duma maneira aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão por matemáticos."
(COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium.)
"Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode-se considerar verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas."
(VINCI, Leonardo da. Carnets.)
O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno é
a) a fé como guia das descobertas
b) o senso crítico para se chegar a Deus
c) a limitação da ciência pelos princípios bíblicos
d) a importância da experiência e da observação
e) o princípio da autoridade e da tradição
2. (Fuvest-SP) Durante a Idade Moderna, pensava-se que todas as riquezas do mundo estavam numa posição estática e constante, razão pela qual o comércio era tido como uma atividade em que havia um ganhador e um perdedor, sendo o seu resultado equivalente a uma soma zero (+ 1 – 1 = O). Baseando-se nestes princípios, os Estados modernos atuaram no comércio internacional sob a orientação de uma política econômica.
a) Que nome foi dado a essa política econômica?
b) Quais foram seus principais elementos constitutivos?
3. (Fuvest-SP) "Para o conjunto da economia européia, no século XVI, caracterizada pela produção em crescimento e pelo grande aumento das transações mercantis, ao lado de um novo crescimento de sua população, o efeito mais importante dos grandes descobrimentos foi a alta geral dos preços..."
O efeito a que o texto se refere foi provocado:
a) pelo grande afluxo de metais preciosos
b) pela ampliação das áreas de produção agrícola
c) pela redução do consumo de produtos manufaturados
d) pela descoberta de novas rotas comerciais no Oriente
e) pelo deslocamento do eixo comercial para o Mediterrâneo
4. (UFPI) Na transição do feudalismo para o capitalismo, tivemos:
a) a transformação de uma sociedade estamental, com fraca mobilidade vertical e posições sociais pela origem de nascimento, para uma sociedade de classes com grande mobilidade vertical e posições sociais determinadas pelo poder econômico.
b) a transformação de uma sociedade de classes, com grande mobilidade vertical, para uma sociedade estamental com fraca mobilidade vertical e posições sociais determinadas pelo poder econômico.
c) a passagem de uma sociedade de classes para uma sociedade de castas.
d) a desorganização de uma sociedade patriarcal, com grande mobilidade vertical, para uma sociedade estamental com fraca mobilidade social.
e) a mudança de uma sociedade de castas para uma sociedade estamental.
5. (EEM-SP) A política econômica do mercantilismo caracterizou-se por três elementos básicos, a saber: balança de comércio favorável, protecionismo e monopólio. Explique de que modo o protecionismo e o monopólio concorriam para manter a balança de comércio favorável.
6. (Cesgranrio-RJ) As práticas mercantilistas nas sociedades da Europa Ocidental assumiram características diferenciadas ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII. Assinale a única opção que não associa corretamente as características mais importantes do mercantilismo ao século e à sociedade em que cada uma delas veio a predominar.
Características do mercantilismo Século
XVI Século
XVII Século XVIII
a) O entesouramento dos metais preciosos (bulionismo). Espanha
b) O estímulo às exportações e o controle das importações (aplicação do princípio da balança comercial).  Inglaterra
c) A política protecionista e manufatureira, aliada ao estímulo à construção naval e à aplicação de uma legislação tarifária (colbertismo).  França
d) O monopólio comercial, concretizado na prática do exclusivo colonial. Portugal
e) O controle das cartas de corso e da pirataria no Atlântico Sul, estimulando a indústria naval e consagrando a expressão carreteiros do mar.   Holanda
7. (UFV-MG) Considerando as peculiaridades da colonização européia no Novo Mundo, numere a segunda coluna de acordo com a primeira e assinale a alternativa que constitui a seqüência numérica correta.
1 – Espanha
2 – França
3 – Holanda
4 – Inglaterra
5 – Portugal
(  ) Não respeitava o tratado de Tordesilhas. Foi o primeiro país a fazer uma tentativa séria de
colonização no Canadá.
(  ) Possuía o principal banco da Europa. Criou a Companhia das índias Ocidentais.
(  ) Seus filhos nascidos na América tinham situação social inferior à dos nascidos no país de origem.
(  ) Buscava metais preciosos e não explorava a agricultura.
(  ) Inicialmente, mandou algumas expedições exploratórias para conhecer as possibilidades da terra. Somente com o declínio do comercio de especiarias passou a cultivar suas terras na América.
(  ) Sua colonização teve caráter ocupacional. Buscava terras, liberdade religiosa e política, além do enaltecimento nacional.
a) 1,5,3,4 e 2
b) 3,1,4,2 e 5
c) 5,4,2,3 e 1
d) 4,2, 5,1 e 3
e) 2,3,1,5 e 4
8. (Unicamp-SP) Contestando o tratado de Tordesilhas, o rei da França, Francisco I, declarou em 1540: "Gostaria de ver o testamento de Adão para saber de que forma este dividira o mundo".
(Citado por VICENTINO, Cláudio. História geral. São Paulo: Scipione, 1991.)
a) O que foi o tratado de Tordesilhas?
b) Por que alguns países da Europa, como a França, contestavam aquele tratado?
9. "Foi de vital importância o fato de que, a partir do século XII, nobres e burgueses passaram a morar na parte cercada pelas muralhas das cidades. Os interesses e prazeres das duas classes tornaram-se assim semelhantes..." (Jacob Burckhardt, 1860).
Sobre esse fenômeno, pode-se afirmar que
a) ocorreu em todos os lugares da Europa onde se desenvolveram cidades, pondo fim à dominação social da nobreza.
b) ocorreu em todas as cidades marítimas, de Lisboa a Hamburgo, passando pela Itália do Norte e Flandres.
c) foi interrompido pela nobreza, a partir da crise do século XIV, depois de ter se desenvolvido na Baixa Idade Média.
d) marcou as mais importantes cidades italianas, constituindo-se num dos fatores sociais do Renascimento.
e) marcou as mais importantes cidades européias, constituindo-se num dos fatores da criação das universidades medievais.
10. (Fuvest-SP)
"Os próprios céus, os planetas e este centro [a Terra]
Respeitam os graus, a precedência e as posições.
Como poderiam as sociedades,
Os graus nas escolas, as irmandades nas cidades,
O comércio pacífico entre praias separadas,
A primogenitura e o direito de nascença,
Os privilégios da idade, as coroas, cetros, lauréis,
Manter-se em seu lugar certo – não fossem os graus?"

Esses versos de Shakespeare (da peça Troilo e Gressida) revelam urna visão de mundo
a) moderna e liberal, ao tratarem das cidades, do comércio e, virtualmente, até do novo continente.
b) medieval e aristocrática, ao defenderem privilégios, graus e hierarquias como decorrentes de uma ordem natural.
c) universal e democrática, ao se referirem a valores e concepções que ultrapassam seu próprio tempo histórico.
d) clássica e monarquista, ao mencionarem instituições, como a monarquia e o direito de primogenitura, que eram características do mundo greco-romano.
e) particularista e elitista, ao expressarem hierarquias, valores e graus exclusivos da Inglaterra do século XVI.
 11. (Fuvest-SP) Frei Antônio de Montesinos, em 1512, no Caribe, pregava aos conquistadores espanhóis:
"Com que direito haveis desencadeado uma guerra atroz contra essas gentes que viviam pacificamente em sua própria terra? Por que os deixais em semelhante estado de extenuação? Por que os matais a exigir que vos tragam diariamente seu ouro? Acaso não são eles homens? Acaso não possuem razão e alma? Não é vossa obrigação amá-los como a vós próprios?"
Explique essas palavras de Montesinos dentro do contexto da conquista espanhola da América.
12. (Unicamp-SP) No ano de 73 a.C., um grande número de escravos e camponeses pobres se rebelaram contra as autoridades romanas no Sul da Itália. Os escravos buscavam retornar às suas pátrias. Depois de resistirem aos exércitos romanos durante dois anos, a maioria foi massacrada.
(Traduzido e adaptado de P. Brunt, Social conflicts in the Roman Republic.)
a) Compare a escravidão na Roma Antiga e na América colonial, identificando suas diferenças.
b) Quais foram as formas de resistência escrava nesses dois períodos?
13. (Fuvest-SP) Em 1571 a Igreja católica criou a Congregação do Índex.
a) Que era Índex?
b) Quais as implicações históricas de sua instituição?
14. (FCC-SP) O Ato de Supremacia, promulgado por Henrique VIII, na Inglaterra, contribuiu para:
a) divulgar intensamente a doutrina calvinista no país, sobretudo na região da Escócia.
b) iniciar a expansão externa, formando, assim, as bases do império colonial inglês.
c) promover a reforma anglicana, ao mesmo tempo que contribuiu para a centralização do governo.
d) implantar o catolicismo no reino, o que foi acompanhado de repressão aos reformistas.
e) restaurar os antigos direitos feudais, que foram limitados pela Magna Carta de 1215.
15. (Fuvest-SP) "O puritanismo era uma teoria quase tanto quanto uma doutrina religiosa. Por isso, mal tinham desembarcado naquela costa inóspita [...J o primeiro cuidado dos imigrantes (puritanos) foi o de se organizar em sociedade."
Essa passagem de A democracia na América, de A. de Tocqueville, diz respeito à tentativa:
a) malograda dos puritanos franceses de fundarem no Brasil uma nova sociedade, a chamada França Antártida.
b) malograda dos puritanos franceses de fundarem uma nova sociedade no Canadá.
c) bem-sucedida dos puritanos ingleses de fundarem uma nova sociedade no Sul dos Estados Unidos.
d) bem-sucedida dos puritanos ingleses de fundarem uma nova sociedade no Norte dos Estados Unidos, na chamada Nova Inglaterra.
e) bem-sucedida dos puritanos ingleses, responsáveis pela criação de todas as colônias inglesas na América.
16. (Fatec-SP) A Revolução Inglesa de 1688 – a Revolução Gloriosa – assinala um momento significativo na adoção dos princípios do liberalismo. Entre as medidas adotadas então, e que confirmam essa afirmação, destacam-se:
a) a exclusão da nobreza do Parlamento, garantindo-se assim a maioria da burguesia, e a abolição das sociedades por ações na organização das empresas industriais.
b) o reconhecimento da Declaração de Direitos, limitando o poder do rei em face do Parlamento, e a promulgação do Ato de Tolerância, pondo fim à perseguição religiosa contra os dissidentes protestantes.
c) a revogação dos Atos de Navegação, que protegiam determinados grupos mercantis, e o reconhecimento do direito de organização para os trabalhadores urbanos.
d) a abolição dos tributos feudais da posse da terra e dos censos eleitorais para o preenchimento das cadeiras do Parlamento.
e) a eliminação dos Tories, partidários de um poder real forte, e a devolução aos camponeses das terras usurpadas durante os cercamentos.
17. (Cesgranrio-RJ) O regime monárquico absolutista, forma política predominante entre os Estados modernos europeus nos séculos XVI a XVIII, caracterizava-se, do ponto de vista político e social, pelos seguintes aspectos:
1 – concentração de todos os poderes nas mãos do príncipe enquanto soberano absoluto;
2 – neutralidade do príncipe diante dos conflitos sociais, especialmente quanto aos interesses antagônicos de camponeses, burgueses e aristocratas;
3 – caráter divino da autoridade real, situada acima das leis e dos indivíduos, considerados apenas súditos;
4- inexistência de quaisquer limites, mesmo na prática, ao exercício da autoridade despótica do monarca.
Assinale:
a) se somente os itens 1 e 3 estão corretas.
b) se somente os itens 2 e 4 estão corretas.
c) se somente os itens 3 e 4 estão corretas.
d) se somente os itens 1 e 2 estão corretos.
e) se somente os itens 2 e 3 estão corretas.
18. (PUC-SP) Sobre as civilizações indígenas americanas no momento da conquista européia, podemos afirmar:
a) Somente os maias e tupis foram escravizados e tiveram sua cultura destruída no processo de conquista e colonização da América.
b) Cheienes, cheroquis, iroqueses e dakotas ocupavam várias regiões na América do Norte, foram exterminados pela colonização francesa, e sua marcha expansionista de norte a sul e de leste a oeste teve como resultado a dominação das terras do atual Estados Unidos.
c) Tupis, jês, nuaruaques e caraíbas ocupavam praticamente toda a região do atual território brasileiro, foram caçados para serem transformados em escravos pelos senhores espanhóis e holandeses, cujo objetivo seria vendê-los como produtores de especiarias para o Oriente.
d) Maias, astecas e incas, que viviam na América Central, vale do México e região andina, foram dominados pelos espanhóis no século XVI e perderam autonomia e controle sobre sua sofisticada organização sociocultural e política, permanecendo submetidos através do sistema de encomiendas, mitas ou quatequil que os reduzia a escravidão permanente ou temporária.
e) Os indígenas brasileiros tupis e jês foram exterminados no processo da conquista portuguesa, sendo apenas possível seu conhecimento pela arqueologia.
19. (Fuvest-SP) No século XVI, a conquista e ocupação da América pelos espanhóis:
a) desestimulou a economia da metrópole e conduziu ao fim do monopólio de comércio.
b) contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena, concentrada nas áreas de mineração.
c) eliminou a participação do Estado nos lucros obtidos e beneficiou exclusivamente a iniciativa privada.
d) dizimou a população indígena e destruiu as estruturas agrárias anteriores à conquista.
e) impôs o domínio político e econômico dos criollos.
20. (FEI-SP) As duas principais atividades econômicas que Portugal e Espanha incentivaram na América, no início da colonização, foram, respectivamente:
a) o cacau na América portuguesa e a mineração do ouro e da prata na América espanhola.
b) a mineração na América portuguesa e a monocultura do tabaco na América espanhola.
c) a monocultura de cana-de-açúcar na América portuguesa e a pecuária na América espanhola.
d) a monocultura da cana-de-açúcar na América portuguesa e a mineração de ouro e de prata na América espanhola.
e) a monocultura do algodão na América portuguesa e a pecuária na América espanhola.
21. (UFRGS-RS) O fato de os astecas e incas não haverem sido eliminados ou expulsos pelos conquistadores espanhóis se deveu:
a) à existência de excedente de produção e de força de trabalho organizada nessas civilizações.
b) ao respeito dos colonizadores pelas culturas desses povos.
c) aos tratados com os criollos, que regulamentavam as formas de convivência.
d) à associação com os colonizadores na exploração dos povos mais fracos.
e) à existência de ouro e prata nas regiões ocupadas por esses povos.
22. (FEI-SP) As idéias iluministas que tinham por base o culto da razão e a crença nas leis naturais:
a) eram favoráveis a uma organização estamental da sociedade.
b) propiciavam um embasamento teórico ao sistema monárquico, em qualquer uma de suas modalidades (constitucional, parlamentar ou absolutista).
c) eram contrárias à libertação das colônias da América.
d) propunham uma política econômica liberal.
e) favoreciam os princípios mercantilistas.
23. (Cesgranrio-RJ) Sobre as características da colonização européia na América, são corretas as opções a seguir, com exceção de uma. Assinale-a.
Características Colonização inglesa Colonização francesa Colonização espanhola
a) Organização da mão-de-obra indígena através da encomienda e da mita. 
b) Utilização de mão-de-obra escrava nas plantations (Caribe). 
b) Utilização de mão-de-obra escrava nas plantations (Caribe). 
d) Organização social de base aristocrática, diferenciando chapetones e criollos. 
e) Organização social favorável à miscigenação entre brancos e índios (as Treze Colônias). 
24. (UFSCar-SP) Considere as proposições abaixo e assinale as que se incluem entre as idéias políticas e sociais defendidas pelos escritores iluministas do século XVIII.
I. A razão é o único guia infalível da sabedoria e é o único critério para o julgamento do bem e do
mal.
II. A prosperidade de um país está condicionada à acumulação de metais preciosos, ouro e prata.
III. O poder político vem de Deus, que é a fonte única de toda autoridade.
IV. O homem é naturalmente bom e a educação aperfeiçoa as suas qualidades inatas.
V. O poder político emana do povo, que deve ter o direito de escolher os seus governantes.
a) I, II e IV
b) I, III  e V
c) II, III e IV
d) II, III e V
e) I, IV e V
25. (Fuvest-SP) "Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um freqüentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-la de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos..."
(Adam Smith, A riqueza das nações, livro III, capítulo 4.)
Neste pequeno trecho, Adam Smith
a) contrapõe lucro e renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos.
b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval.
c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo.
d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas.
e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.
26. (FEI-SP) Em O espírito das leis afirma-se: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder". Essa afirmação reflete:
a) o espírito clássico renascentista
b) os princípios da teoria do direito divino
c) o liberalismo político iluminista
d) a filosofia política de Richelieu
e) o pensamento de Luís XIV
27. (Cesgranrio-RJ) Os começos do desenvolvimento científico moderno se identificam com a revolução científica do século XVII – o aparecimento de novas maneiras de pensar voltadas principalmente para o problema do conhecimento, tal como o demonstram as obras de Galileu, Bacon, Descartes, etc. Constituíram elementos característicos dessa revolução:
1 – a substituição da importância da autoridade e da tradição pelo valor da observação e da experimentação.
2 – a valorização da especulação racional em função da redescoberta das obras de Aristóteles.
3 – o triunfo do pressuposto racionalista acerca da racionalidade e inteligibilidade de um universo "escrito em linguagem matemática".
4- a superioridade filosófica e científica do racionalismo cartesiano, dedutivo, sobre o empirismo de Locke e Hume.
Assinale:
a) se somente os itens 1 e 2 estão corretas.
b) se somente os itens 3 e 4 estão corretas.
c) se somente os itens 1 e 3 estão corretas.
d) se somente os itens 2 e 4 estão corretas.
e) se somente os itens 1, 2 e 4 estão corretas.
28. (UFV-MG) Durante os séculos XVII e XVIII a Europa viveu um importante movimento de idéias que revolucionou o pensamento científico e político. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira e assinale a alternativa correta.
1 – John Locke
2 – Montesquieu
3 – Descartes
4 – Rousseau
5 – Voltaire
(  ) A tendência natural do homem é abusar do poder que lhe foi confiado. Para evitar o despotismo, a autoridade do governo deve ser desmembrada em três poderes – legislativo, executivo e judiciário.
(  ) A liberdade de pensamento e de religião, bem como a igualdade perante a lei, é direito natural do homem.
(  ) O governo existe pela necessidade de garantir os direitos e a segurança dos homens, mas seus poderes não podem ultrapassar os limites estabelecidos por aqueles que o escolheram.
(  ) A razão é a única forma de se chegar ao conhecimento verdadeiro dos fatos.
(  ) Todo poder emana do povo e é em nome do povo que ele é exercido.
a) 4,3,2,1e 5
b) 3,4, 5,2 e 1
c) 2, 5,1,3 e 4
d) 1,2,4,5 e 3
e) 5,1,3,4 e 2
29. (Fuvest-SP) O Estado moderno absolutista atingiu seu maior poder de atuação no século XVII. Na arte e na economia suas expressões foram respectivamente:
a) rococó e liberalismo
b) renascentismo e capitalismo
c) barroco e mercantilismo
d) maneirismo e colonialismo
e) classicismo e economicismo
30. (FCC-SP) A importância histórica de John Locke, como precursor do movimento chamado de ilustração, está no fato de ter:
a) elaborado o Ato de Navegação que deu à Inglaterra o domínio dos mares.
b) defendido os princípios do absolutismo monárquico.
c) participado da revolta de Cromwell contra o despotismo dos Tudor.
d) formulado a teoria dos direitos naturais do homem.
e) combatido a influência da burguesia na vida política.
31. (Cesgranrio-RJ) O processo de independência das treze colônias inglesas da América do Norte,
origem dos Estados Unidos da América, na segunda metade do século XVIII, articula-se às demais questões então em curso na Europa Ocidental, com exceção de uma. Assinale-a.
a) O conflito colonial e comercial entre a França e a Inglaterra, particularmente grave nas respectivas colônias da América do Norte.
b) A difusão das idéias liberais, ligadas ao Iluminismo, hostis à dominação e à exploração exercidas pelas metrópoles sobre suas colônias, especialmente o pacto colonial.
c) O desenvolvimento acelerado do capitalismo na Inglaterra, favorecendo os segmentos políticos e sociais hostis ao protecionismo mercantilista.
d) A ampla divulgação das idéias fisiocráticas, favoráveis às restrições adotadas pelas autoridades inglesas contra as relativas isenções fiscais e a autonomia político-administrativa das colônias norte-americanas.
e) A influência das idéias políticas e sociais, especialmente as obras de J. Locke e de Montesquieu, contrárias ao absolutismo e aos privilégios do Antigo Regime.
32. (Cesgranrio-RJ) "[...] Estas colônias unidas são, e têm o direito a ser, Estados livres e independentes e toda ligação política entre elas e a Grã-Bretanha já está e deve estar totalmente dissolvida." (Thomas Jefferson, Declaração de Independência, 1776.)
A afirmação de liberdade e independência contida no trecho acima relaciona-se:
a) ao propósito das colônias do Norte de se separarem do Sul escravista, em função dos entraves que a organização social sulina criava ao desenvolvimento capitalista.
b) ao interesse dos colonos norte-americanos em se alinharem com a França revolucionária, que lhes oferecia oportunidades mais ricas e proveitosas para as trocas comerciais.
c) à reação dos colonos, sustentada nas idéias dos filósofos iluministas, contra o reforço das medidas de exploração colonial imposto pela Inglaterra.
d) ao propósito de alcançar a autonomia política, embora preservando o monopólio comercial, que favorecia a economia das colônias do Norte.
e) à formalização de uma separação que, na verdade, já existia, como atesta a liberdade comercial que gozavam tanto as colônias do Norte quanto as do Sul.
33. (FCBH-MG) "O homem é o modelo do mundo. A experiência é a mestra das coisas."
Leonardo da Vinci
Com relação ao Renascimento artístico, literário e científico, elemento típico do período de transição do feudalismo ao capitalismo, podem ser feitas as seguintes afirmativas, exceto:
a) Os humanistas tiveram um papel extremamente importante na difusão das idéias renascentistas.
b) A reflexão sobre problemas humanos levou o homem renascentista à análise de sua própria origem dos Estados Unidos da América, na segunda metade do século XVIII, articula-se às demais questões então em curso na Europa Ocidental, com exceção de uma. Assinale-a.
a) O conflito colonial e comercial entre a França e a Inglaterra, particularmente grave nas respectivas colônias da América do Norte.
b) A difusão das idéias liberais, ligadas ao Iluminismo, hostis à dominação e à exploração exercidas pelas metrópoles sobre suas colônias, especialmente o pacto colonial.
c) O desenvolvimento acelerado do capitalismo na Inglaterra, favorecendo os segmentos políticos e sociais hostis ao protecionismo mercantilista.
d) A ampla divulgação das idéias fisiocráticas, favoráveis às restrições adotadas pelas autoridades inglesas contra as relativas isenções fiscais e a autonomia político-administrativa das colônias norte-americanas.
e) A influência das idéias políticas e sociais, especialmente as obras de J. Locke e de Montesquieu, contrárias ao absolutismo e aos privilégios do Antigo Regime.
32. (Cesgranrio-RJ) "[...] Estas colônias unidas são, e têm o direito a ser, Estados livres e independentes e toda ligação política entre elas e a Grã-Bretanha já está e deve estar totalmente dissolvida." (Thomas Jefferson, Declaração de Independência, 1776.)
A afirmação de liberdade e independência contida no trecho acima relaciona-se:
a) ao propósito das colônias do Norte de se separarem do Sul escravista, em função dos entraves que a organização social sulina criava ao desenvolvimento capitalista.
b) ao interesse dos colonos norte-americanos em se alinharem com a França revolucionária, que lhes oferecia oportunidades mais ricas e proveitosas para as trocas comerciais.
c) à reação dos colonos, sustentada nas idéias dos filósofos iluministas, contra o reforço das medidas de exploração colonial imposto pela Inglaterra.
d) ao propósito de alcançar a autonomia política, embora preservando o monopólio comercial, que favorecia a economia das colônias do Norte.
e) à formalização de uma separação que, na verdade, já existia, como atesta a liberdade comercial que gozavam tanto as colônias do Norte quanto as do Sul.
33. (FCBH-MG) "O homem é o modelo do mundo. A experiência é a mestra das coisas."
Leonardo da Vinci
Com relação ao Renascimento artístico, literário e científico, elemento típico do período de transição do feudalismo ao capitalismo, podem ser feitas as seguintes afirmativas, exceto:
a) Os humanistas tiveram um papel extremamente importante na difusão das idéias renascentistas.
b) A reflexão sobre problemas humanos levou o homem renascentista à análise de sua própria individualidade, num esforço de autoconhecimento.
c) A visão de mundo político-religiosa medieval continuava a ser o elemento fundamental para a compreensão do homem e do mundo.
d) A riqueza proveniente do comércio financiou artistas, cientistas, arquitetos, que passaram a ser contratados para dar forma às novas realidades sociais.
e) O racionalismo passou a ser a pedra de toque da mentalidade renascentista, estimulando o nascimento da ciência moderna.
34. (UFOP-MG) Leia o texto abaixo.
"A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros reinos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada anualmente além dos mares, e menor quantidade de produtos seja para cá transportada."
(Política para tornar o reino da Inglaterra próspero,
rico e poderoso, 1549.)
Discuta essa afirmativa, localizando-a no contexto da economia mundial, e defina as modalidades do sistema econômico a que ela se refere.
35. (ESAM-RN) O Ato de Navegação (1651), votado pelo Parlamento inglês, no período de Cromwell, criou uma situação nova no comércio mundial, determinando, em conseqüência:
a) um bloqueio das nações do Mediterrâneo, que se julgavam prejudicadas pela Inglaterra.
b) um conflito armado entre as colônias exportadoras, que se sentiram altamente prejudicadas.
c) uma revolta da aristocracia rural inglesa, que se julgara preterida nos seus interesses.
d) um entrechoque armado com a Holanda, que pretendia a hegemonia do comércio marítimo.
e) uma situação de beligerância com os Estados Unidos, que começavam a expandir seu imperialismo.
36. (Centec-BA) Questões I e II:
"Os teólogos, portanto, tinham toda a preocupação voltada para as almas e para Deus, ou seja, para o mundo transcendente, o mundo dos fenômenos espirituais e imateriais. Os humanistas, por sua vez, voltavam-se para o aqui e o agora, para o mundo concreto dos seres humanos em luta entre si e com a natureza, a fim de terem um controle maior sobre o próprio destino. Por outro lado, a pregação do clero tradicional reforçava a submissão total do homem, em primeiro lugar, à onipotência divina, em segundo, à orientação do clero e, em terceiro, à tutela da nobreza, exaltando no ser humano, sobretudo, os valores da piedade, da mansidão e da disciplina. A postura dos humanistas era completamente diferente, valorizava o que de divino havia em cada homem, induzindo-o a expandir suas forças, a criar e a produzir, agindo sobre o mundo para transformá-la de acordo com sua vontade e seu interesse."
(Sevcenko)
I. No texto, a característica marcante do movimento humanista-renascentista é:
a) espírito crítico voltado para o estímulo às mudanças
b) supremacia do mundo espiritual sobre o material
c) valorização da piedade, da mansidão e da disciplina
d) defesa da Igreja e da cultura medievais
e) reprodução da crença dogmática dos teólogos medievais
II. A crítica dos humanistas era dirigida à sociedade:
a) capitalista
b) feudal
c) comunista
d) escravista
e) socialista
37. (UFPA) Relativamente à história do absolutismo monárquico na Inglaterra, é possível sustentar que:
a) a revolução que derrubou o governo de Jaime II, da dinastia Stuart, não assinalou apenas o fim do regime absolutista inglês, mas, igualmente, o triunfo da burguesia e do Parlamento sobre a Coroa britânica.
b) o regime absolutista instala-se na Inglaterra em conseqüência das guerras de religião, já que somente dispondo de um governo centralizado e autoritário é que Henrique VIII poderia implantar o protestantismo no país.
c) o estabelecimento do regime absolutista na Inglaterra foi prejudicial aos interesses do país, posto que a burguesia britânica, privada da liberdade política, emigrou em massa para a França e para a Holanda.
d) o fim do regime absolutista inglês ocorre com a revolução comandada por Oliver Cromwell, oportunidade em que as forças parlamentares sob a sua chefia depõem Carlos I e encerram o ciclo dos governos autoritários dos Tudor.
e) comparados a outros governos absolutistas europeus, os ingleses foram mais tolerantes e maleáveis. Veja-se, por exemplo, que durante o reinado dos Stuart a liberdade de religião sempre foi respeitada na Inglaterra.
38. (Unicamp-SP) Você já deve ter aprendido que a história pode ser representada pelas várias etapas do progresso humano. Os momentos cruciais desse desenvolvimento histórico foram denominados revolucionários. Diante dessa afirmação, leia atentamente o texto abaixo:
"A burguesia, conduzida por Oliver Cromwell, inspirada por um deus calvinista e motivada por ambição de conquista, derrotou o movimento nivelador e tudo o mais. Em conseqüência, ele foi odiado por muitos pobres, o que sabia e reconhecia. Em uma de suas marchas pela cidade, comentou com seu acompanhante a respeito da multidão:
– Eles estariam mais barulhentos e também mais felizes se você e eu estivéssemos a caminho da forca.
O deus de Cromwell era um deus do trabalho e da conquista: da Jamaica, da Escócia, e o que não será esquecido, da Irlanda." (Peter Linebaugh, Todas as montanhas atlânticas estremeceram, 1985.)
a) Caracterize segundo os seus conhecimentos o processo revolucionário a que o texto se refere.
b) Como você utilizaria o texto acima para discordar da idéia de que as revoluções representam sempre um período de progresso humano?
39. (UFPA) Observadas as realidades históricas pertinentes ao absolutismo monárquico na Europa moderna, é possível apresentar-se a seguinte conclusão:
a) as monarquias absolutas foram mais expressivas nos países em que predominou a influência protestante, haja vista que o luteranismo exaltava os poderes do Estado como necessários para a glória de Deus.
b) na Inglaterra, a monarquia absoluta é suprimida, ainda no século XVII, através da revolução com que Oliver Cromwell derrubou a dinastia dos Stuart e consagrou o papel do Parlamento como agente constitucional britânico.
c) nos países em que foi menos expressiva a presença da Igreja católica, inexistiu, virtualmente, a monarquia absoluta, fato que se verificou em relação a Portugal e Espanha.
d) as monarquias absolutas resultaram, em última análise, das profundas transformações produzidas pelo fim do feudalismo. Na Itália, por exemplo, o desmoronamento da ordem feudal resultou na formação do Estado moderno italiano.
e) na França, o apogeu do sistema absolutista ocorre num momento em que a economia francesa experimentava uma fase de desenvolvimento e de consolidação, graças à política executada por Colbert no governo de Luís XIV.
40. (Unicamp-SP) "Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Conseqüentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus." (Jacques Bossuet, Política tirada das palavras da Sagrada Escritura, 1709.)
"[...] Que seja prefixada à Constituição uma declaração de que todo o poder é originalmente concedido ao povo e, conseqüentemente, emanou do povo."
(Emenda constitucional proposta por Madison em 8 de junho de 1789)
a) Explique a concepção de Estado em cada um dos textos.
b) Qual a relação entre indivíduo e Estado em cada um dos textos?
41. (Fuvest-SP) No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). Apesar das transformações significativas terem se verificado na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o período final que ficou conhecido como Revolução Gloriosa. Isto se explica porque:
a) em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o comércio mundial tornando-se a potência mais rica da Europa.
b) auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em 1688 forças contra-revolucionárias que, no continente, ameaçavam as conquistas de Cromwell.
c) mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova monarquia parlamentar consolidada em 1688.
d) as forças radicais do movimento, como Cavadores e Niveladores, que assumiram o controle do governo, foram destituídas em 1688 por Guilherme de Orange.
e) só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia e a burguesia, anulando-se as aspirações políticas da gentry.
42. (Fuvest-SP) A dominação espanhola (1580-1640) provocou mudanças no império colonial português; por isso mesmo, D. João IV, que subiu ao trono com a Restauração ocorrida em 1640, teria dito que "o Brasil é a vaca leiteira de Portugal".
a) Quais mudanças do império derivaram da dominação espanhola?
b) Que relação há entre as mudanças e a idéia de que o Brasil se tornou a "vaca leiteira" de Portugal?
43. (Fuvest-SP) Leia o poema abaixo e, em seguida, responda às questões.
O mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Mas nele é que espelhou o céu.
(Fernando Pessoa, Mensagem.)
a) Qual o período da história de Portugal que está sendo recuperado pelo poeta Fernando Pessoa?
b) Por que as aventuras marítimas, nesse período, eram empreendimentos tão arriscados?
c) Por que a conquista e o domínio dos mares foram tão importantes naquele período?



GABARITO
1. E
2. a) Mercantilismo.
b) A política econômica mercantilista, típica do Estado moderno absolutista, identificava a riqueza com a posse de moeda feita de metais preciosos (metalismo). A partir dai, buscava a obtenção de moeda no comércio externo, por meio de uma balança comercial favorável. Tal lucro seria obtido pelo intervencionismo estatal, ao promover o protecionismo e o estímulo às manufaturas (industrialismo).
3. A
4. A
5. O protecionismo limitava as importações e estimulava a produção interna para exportações. Já o monopólio fornecia produtos a baixo preço e mantinha um mercado para absorver a produção metropolitana, propiciando elevada lucratividade, que favorecia a balança comercial real.
6. E
7. E
8. a) Foi o tratado assinado em 1494 entre Portugal e Espanha, dividindo as terras descobertas ou por descobrir por um meridiano traçado 370 léguas a oeste de Cabo Verde: as terras a leste dele pertenceriam a Portugal e aquelas situadas a oeste, à Espanha.
b) O tratado foi contestado por ter levado em consideração apenas os interesses de Portugal e Espanha, excluindo os demais países europeus da partilha das terras ultramarinas.
9. D
10. B
11. O texto reflete o extermínio das populações indígenas da América de colonização espanhola, notadamente no Caribe, onde ocorreu verdadeiro desaparecimento das populações nativas. Apesar da visão inocente e idealista dos indígenas da América presente nas palavras do religioso, percebe-se o reconhecimento da existência do caráter humano no indígena, visto como ser dotado de alma e razão. A maior parte dos colonizadores da época (inclusive membros do clero) negava essa visão.
12. a) A economia romana fundava-se na exploração em larga escala do trabalho escravo, caracterizando o sistema escravista. Tornavam-se escravos, inicialmente, os homens livres endividados; porém, cada vez mais, a maior parte da mão-de-obra escrava passou a ser proveniente de submissão de povos conquistados por Roma. Já na América Colonial, a economia estava integrada no sistema capitalista, no qual a exploração do trabalho do escravo (fornecido por traficantes) surge como um elemento no processo de acumulação de capital vigente no período. Além disso, formas alternativas de trabalho compulsório, como a mita e a encomienda, foram empregadas em larga escala.
b) A escravidão romana pertence à antiga ordem escravista, fundada no expansionismo romano, enquanto a escravidão colonial americana faz parte do contexto da acumulação primitiva de capitais no desenvolvimento capitalista. Em ambos os casos, a escravidão representou a estrutura central da riqueza e do poderio dos escravizadores.
Tanto em um caso como noutro, a resistência dos escravizados ocorreu por meio de fugas, rebeliões e enfrentamentos das mais diferentes formas (preservação de cultos, costumes, referências lingüísticas, etc).
13. a) Index era a lista de livros proibidos aos cristãos católicos.
b) Entravou o progresso cultural e científico da Europa moderna.
14. C
15. D
16. B
17. A
18. D
19. D
20. D
21. E
22. D
23. E
24. E
25. A
26. C
27. C
28. C
29. C
30. C
31. D
32. C
33. C
34. Em meio ao capitalismo comercial, a Inglaterra desenvolveu a política mercantilista, visando ao entesouramento do Estado. A obtenção de uma balança comercial favorável e o ideal metalista norteavam as relações econômicas com os demais países, especialmente com as novas regiões coloniais da Idade Moderna.
35. D
36. Questão I: A    ||   Questão II: B
37. A
38. a) O texto se refere à Revolução Puritana de Cromwell, que foi o primeiro ensaio revolucionário burguês em direção ao poder político.
b) As revoluções podem se direcionar contra certos alvos, mas ao mesmo tempo podem se apegar a certos mitos.
39. E
40. a) O primeiro texto apresenta a concepção do Estado monárquico absolutista, característico da Idade Moderna, em que o poder real fundado no direito divino era ilimitado. O segundo texto apresenta uma concepção liberal, fundada no direito natural, em que o governo emana do consentimento dos seus governados e tem poderes limitados pelo respeito à liberdade, prosperidade e felicidade.
b) No primeiro texto, o indivíduo, considerado súdito da monarquia absoluta, é submetido pelo Estado. O segundo texto, fundado no liberalismo, assegura ao indivíduo direitos naturais, inalienáveis, cabendo ao Estado representá-los e garanti-los por meio de legislação e instituições.
41. C
42. a) A União Ibérica foi prejudicial a Portugal, que se viu envolvido nas guerras da Espanha. A decadência econômica acelerada e o declínio político, tanto na Europa quanto na colônia, foram acentuados.
b) A decadência econômica foi enfrentada com a criação do Conselho Ultramarino (1640), responsável pela elaboração de uma nova política colonial. Tal política estabelecia o arrocho colonial, isto é, a intensificação da exploração metropolitana sobre as colônias, notada-mente o Brasil. Além disso, haveria maior presença da autoridade portuguesa nos negócios locais, levando à diminuição da autonomia, por exemplo, das câmaras brasileiras.
43. a) Trata-se de uma referência ao período da expansão marítima portuguesa nos séculos XV e XVI.
b) Devido à precariedade de meios, ao desconhecimento dos mares e às crescentes rivalidades entre as nações européias.
c) Porque representavam a garantia de sucesso econômico por meio da expansão comercial.

Fonte: Mundo Vestibular


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