quarta-feira, 13 de julho de 2011

POR QUE OS BRASILEIROS NÃO REAGEM?

POIS É: MAIS UMA VEZ, FOI PRECISO UM JORNALISTA ESTRANGEIRO PARA DIZER O QUE OS BRASILEIROS PRECISAM "OUVIR".



POLÍTICA
Por que os brasileiros não reagem?
Juan Arias, O Globo


O fato de que em apenas seis meses de governo a presidente Dilma Rousseff tenha tido que afastar dois ministros importantes, herdados do gabinete de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva (o da Casa Civil da Presidência, Antonio Palocci - uma espécie de primeiro-ministro - e o dos Transportes, Alfredo Nascimento), ambos caídos sob os escombros da corrupção política, tem feito sociólogos se perguntarem por que neste país, onde a impunidade dos políticos corruptos chegou a criar uma verdadeira cultura de que "todos são ladrões" e que "ninguém vai para a prisão", não existe o fenômeno, hoje em moda no mundo, do movimento dos indignados.

Será que os brasileiros não sabem reagir à hipocrisia e à falta de ética de muitos dos que os governam? Não lhes importa que tantos políticos que os representam no governo, no Congresso, nos estados ou nos municípios sejam descarados salteadores do erário público?

É o que se perguntam não poucos analistas e blogueiros políticos.

Nem sequer os jovens, trabalhadores ou estudantes, manifestaram até agora a mínima reação ante a corrupção daqueles que os governam.

Curiosamente, a mais irritada diante do saque às arcas do Estado parece ser a presidente Rousseff, que tem mostrado publicamente seu desgosto pelo "descontrole" atual em áreas do seu governo e tirou literalmente - diz-se que a purga ainda não acabou - dois ministros-chave, com o agravante de que eram herdados do seu antecessor, o popular ex-presidente Lula, que teria pedido que os mantivesse no seu governo.

A imprensa brasileira sugere que Rousseff começou - e o preço que terá que pagar será elevado - a se desfazer de uma certa "herança maldita" de hábitos de corrupção que vêm do passado.

E as pessoas das ruas, por que não fazem eco ressuscitando também aqui o movimento dos indignados? Por que não se mobilizam as redes sociais?

O Brasil, que, motivado pela chamada marcha das Diretas Já (uma campanha política levada a cabo durante os anos 1984 e 1985, na qual se reivindicava o direito de eleger o presidente do país pelo voto direto), se lançou nas ruas contra a ditadura militar para pedir eleições, símbolo da democracia, e também o fez para obrigar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992) a deixar a Presidência da República, por causa das acusações de corrupção que pesavam sobre ele, hoje está mudo ante a corrupção.

As únicas causas capazes de levar às ruas até dois milhões de pessoas são a dos homossexuais, a dos seguidores das igrejas evangélicas na celebração a Jesus e a dos que pedem a liberalização da maconha.

Será que os jovens, especialmente, não têm motivos para exigir um Brasil não só mais rico a cada dia ou, pelo menos, menos pobre, mais desenvolvido, com maior força internacional, mas também um Brasil menos corrupto em suas esferas políticas, mais justo, menos desigual, onde um vereador não ganhe até dez vezes mais que um professor e um deputado cem vezes mais, ou onde um cidadão comum depois de 30 anos de trabalho se aposente com 650 reais (300 euros) e um funcionário público com até 30 mil reais (13 mil euros).

O Brasil será em breve a sexta potência econômica do mundo, mas segue atrás na desigualdade social, na defesa dos direitos humanos, onde a mulher ainda não tem o direito de abortar, o desemprego das pessoas de cor é de até 20%, frente a 6% dos brancos, e a polícia é uma das que mais matam no mundo.

Há quem atribua a apatia dos jovens em ser protagonistas de uma renovação ética no país ao fato de que uma propaganda bem articulada os teria convencido de que o Brasil é hoje invejado por meio mundo, e o é em outros aspectos.

E que a retirada da pobreza de 30 milhões de cidadãos lhes teria feito acreditar que tudo vai bem, sem entender que um cidadão de classe média europeia equivale ainda hoje a um brasileiro rico.

Outros atribuem o fato à tese de que os brasileiros são gente pacífica, pouco dada aos protestos, que gostam de viver felizes com o muito ou o pouco que têm e que trabalham para viver em vez de viver para trabalhar.

Tudo isso também é certo, mas não explica que num mundo globalizado - onde hoje se conhece instantaneamente tudo o que ocorre no planeta, começando pelos movimentos de protesto de milhões de jovens que pedem democracia ou a acusam de estar degenerada - os brasileiros não lutem para que o país, além de enriquecer, seja também mais justo, menos corrupto, mais igualitário e menos violento em todos os níveis.

Este Brasil, com o qual os honestos sonham deixar como herança a seus filhos e que - também é certo - é ainda um país onde sua gente não perdeu o gosto de desfrutar o que possui, seria um lugar ainda melhor se surgisse um movimento de indignados capaz de limpá-lo das escórias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder.



Juan Arias é correspondente do El Pais no Brasil

quarta-feira, 29 de junho de 2011

REVISÃO HISTÓRIA NONO ANO - AVALIAÇÃO 1 ETAPA 02

1. O que é neonazismo? Como o Brasil evita isso?

É um movimento de retomada das práticas racistas do nazismo original que se espalhou pelo mundo todo, especialmente formando "tribos urbanas", como os Skinheads (Carecas). No Brasil, ele também existe, especialmente nos estados do Sul e Sudeste. Mas, no Brasil, praticas desse tipo e uso de símbolos, objetos e gestos ligados ao nazismo são proibidos e punidos por lei.

2. Porque o pessimismo tomou conta da Europa após a Primeira Guerra Mundial?

As crises políticas e econômica que tomaram conta da Europa após a WWI, espalhando seu rastro de fome, desemprego, insegurança e incerteza, alimentaram o pessimismo e a desesperança. A sociedade buscava novos parâmetros para resolver seus problemas, que se avolumavam, e além da construção de um modelo de estado interventor, a radicalização política foi uma das formas que algumas naçòes européias encontraram para reestruturar suas bases.

3. O que é um estado totalitário?

Um estado totalitário é aquele que pretende a dominação total, proibindo toda e qualquer forma de oposição e centralizando todo o poder nas mãos do chefe de estado.. Nesse sentido, deixam de existir deixam de existir as instituições que garantem as liberdades individuais."Nada fora ou acima do estado": esse é seu objetivo.

4. Quais as características do NAZIFASCISMO?

Totalitarismo, militarismo, anticomunismo, unipartidarismo, ultranacionalismo, intervencionismo econômico, xenofobia, racismo, culto à personalidade do líder.

5. Que cenário favoreceu o avanço do nazifascismo na Europa?

A Crise de 1929, que gerou mais desemprego, fome e pobreza na Europa, especialmente na Alemanha, sufocada pelas exigências do Tratado de Versalhes foi o impulso final que levou ao crescimento do nazifascismo. Na Alemanha, os nazistas passaram a crescer eleitoralmente, até chegar à maioria absoluta do Reichstag (Parlamento Alemão) em 1932.

6.A propaganda era importante para o nazismo? Dê exemplos.

A propaganda sempre teve um papel fundamental na lógica nazifascista. Num primeiro momento, como um instrumento de divulgação dos ideais e como instrumento de captação de novos adeptos para a "causa". Uma vez no poder, a propaganda servia como instrumento de manipulação da opinião pública.

7. Explique como a expansão alemã levou ao início da Segunda Guerra Mundial.

A Alemanha passou a defender a teoria do "Espaço Vital", a partir de 1933, com a chegada de Hitler ao poder. Como parte do processo, defendia a retomada de territórios perdidos após o Tratado de Versalhes. Remilitarizaram a Renânia, ocuparam os Sudetos e a Tchecoslováquia e anexaram a Áustria. Em 1939, era a vez do "corredor polonês". A invasão da Polônia não seria tolerada pela Sociedade das Nações, especialmente depois dos aparentes acordos da Conferência de Munique. Assim sendo, Hitler fechou um acordo militar com a Itália, um pacto de não-agressão com a URSS e invadiu a Polônia em setembro de 1939, dano início à WWII.

8. (RESUMO A PARTIR DO LIVRO TEXTO)

9. Quais os efeitos da Crise de 1929 sobre o Brasil?

A economia brasileira era altamente dependente do café, nesse período. A crise atingiu os preços internacionais do café, derrubando-os. Isso provocou prejuízos enormes aos cafeicultores e, por tabela, a toda a sociedade brasileira, afetando também as relações políticas.
A ruptura entre Minas e São Paulo levou os dois estados a se oporem nas urnas. São Paulo apoiando Júlio Prestes, e Minas Gerais integrando a Aliança Liberal, cujo candidato era Getúlio Vargas.

10. Que episódio levou ao início da Revolução de 30?

Derrotada nas urnas, a Aliança Liberal criou um clima de revolta no país. O assassinato do candidato a vice-presidente na chapa da Aliança - João Pessoa, na Cidade da Paraíba, serviu como justificativa para que os revoltosos pegassem em armas contra o governo, em outubro de 1930.

11. O que é o "trabalhismo"?

Em busca de apoio político, Getúlio Vargas utilizou a extrema carência de direitos dos trabalhadores brasileiros como instrumento de poder. Através de "concessões" do Estado aos trabalhadores, e apoiado por uma propaganda eficiente, Getúlio criou o mito do "trabalhismo", do "Pai dos Pobres", apesar de ter instituído um regime autoritário e interventor, que controlava os sindicatos e sufocava o movimento trabalhista de base, no país.

12. Como funcionavam a propaganda e o culto ao trabalho na Era Vargas?

Através do DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda, o governo Vargas controlava as informações que chegavam à sociedade ao mesmo tempo em que alimentava o mito do "Pai dos Pobres". Nesse aspecto, instrumentos como a Voz do Brasil, programa oficial obrigatório veiculado pelas rádios - que eram, na época, o principal meio de comunicação de massas, foi fundamental.

13. RESUMO DO QUADRO DA PÁGINA 109.

domingo, 6 de março de 2011

RESUMO: PERÍODO REGENCIAL

RESUMO

Um período tão curto com tantas transformações foi o regencial entre 1831 a 1840, período entre a abdicação de D Pedro e a ascensão de seu filho ao poder, quanta transformação.
Um movimento liberal que viera no bojo da abdicação que ganhou curso a partir da primeira legislatura e vai até o Ato adicional de 1834. Onde 1837, começa uma marcha centralizadora na pregação de Bernardo Pereira de Vasconcelos.
O intuito da época era brecar o carro revolucionário, pois era tempo de centralização.
Vários movimentos aconteceram mais o Período Regencial perdurou menos que deveria, com antecipação da maioridade e sua inclusão na constituição outorgada de 1824.
O Brasil viveu nesta época uma experiência parlamentar, viveu também uma experiência federalista, desde o Ato adicional onde foram criadas Assembléias provinciais, até uma experiência republicana, com voto direto para o Executivo.
No caso regencial, a unidade não sobreviveu, apesar de varias tentativas que não deram certo.
Mais isto ajudou a montar o Estado nacional Brasileiro.
Estado esse que articulou partidos capazes de abrigar interesses antagônicos, ainda que elitistas, com uma única visão melhorar a arrecadação tributaria. Levando as províncias ao centro do poder político.
O Primeiro reinado trouxe uma pacificação armada que foi iniciada no Segundo Reinado nas regências.
Articulações de partidos, reformas constitucionais, rodízio no poder, submissão das províncias ao centro, formação de uma imprensa opinativa, descentralizadora que desmontaria o absolutismo e solidificaria a monarquia, e não só despotismo, isto garantiu a D Pedro II uma estabilidade. Esta estabilidade garantia o escravismo e o café, café este que garantiu recursos.
Negociações de escravo continuavam, ate cresciam junto ao porto. O novo príncipe era saudado rei. Mais províncias distantes e com volubilidades republicanas refreadas, começam a rebelasse.
Tudo isso tem uma linha que causaram conseqüência ate chegar às revoltas. A Regência trina e uma a formação dos partidos e as revoltas, onde o povo queria sua independência, revoltas essas a cabanagem, Cabanos- os pobres do Pará, famintos e miseráveis, esses moradores de cabanas à beira dos rios deram nome a essa revolta, que foi a mais sangrenta insurreição da história do Pará, a qual em cinco anos provocou a morte de cerca de 30 mil pessoas em toda a província.
A cabanagem teve como ponto de partida as disputas locais em torno da nomeação do presidente da província pelo governo regencial que dividiram a elite paraense, envolvendo boa parte de seus habitantes. Na luta contra o governo central, os cabanos juntaram-se aos fazendeiros e comerciantes locais, esperando conseguir melhores condições de vida.
Nessa empreitada contra o governo regencial uniram-se dois grupos de realidades e interesses diferentes, a elite paraense e os pobres cabanos. A elite, fazendeiros e comerciantes, queriam a participação no governo, ou seja, que um deles fosse eleito presidente do Pará já os cabanos lutavam por muito mais, queriam comida, casa e trabalho. Por isso entraram na luta para valer. Mas a traição de vários participantes, a falta de consenso entre seus líderes e a indefinição quanto aos rumos do governo da província provocaram um esvaziamento da revolta, que acabou por ser sufocada em 1840 pelas tropas governamentais aliadas a mercenários europeus.

A Sabinada foi à revolta que menos tempo durou entre as maiores do período regencial.
A revolta não foi um movimento popular como a cabanagem. Ao contrário, foi uma revolta militar apoiada pela camada média da população. Os militares reclamavam contra seus baixos salários e contra o governo que queria mandá-los para o sul a fim de lutarem na guerra contra os farrapos que teve inicio em 1835. Iniciou-se assim uma revolta contra a turbulência do governo, que resultou na conquista do poder na Bahia e a proclamação da República Bahianense pelos insurgentes que deveria durar até que o príncipe D. Pedro II subisse ao trono. Mas nem isso durou.

A Balaiada foi uma revolta que ocorreu no Maranhão e contou com a participação da população em sua maioria constituída pelos mais pobres e miseráveis da província inclusive escravos que sonhavam com a liberdade. Esses encontravam-se indignados pelos privilégios dos latifundiários e dos comerciantes portugueses

A guerra dos Farrapos foi a mais longa rebelião da história brasileira. Ocorreu no Rio Grande do Sul. Liderada pelos estancieiros (fazendeiros de gado), apesar de o nome farroupilha advir dos pobres esfarrapados que compunham a maior parte da tropa insurgente. Os farroupilhas ou exaltados queriam reformas sociais e econômicas e maior liberdade para as províncias.