INTRODUÇÃO:
Enquanto
o Brasil, cada vez mais próximo do bolivarianismo retrógrado e
falido, insiste em usar as organizações internacionais como braços
de sua visão ideológica e seu projeto de poder, outros países
buscam soluções mais dinâmicas, modernas, integradas efetivamente
e preocupadas com o desenvolvimento econômico de suas nações e não
com a afirmação de um projeto político-partidário. O resultado
disso, é que a novíssima Alainça do Pacífico, criada em 2012, já
dá passos muitos mais amplos que o Mercosul, amarrado por seu
nacionalismo antiquado, pelo centralismo e autoritarismo
característicos da esquerda latino-americana e pelo protecionismo
entre seus próprios membros. Leia mais:
27/05/2013 - 02h00
Viés pró-mercado da Aliança do Pacífico desafia o Mercosul
ISABEL
FLECK
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Diante
de um Mercosul com imagem fragilizada por decisões políticas
recentes, como a suspensão do Paraguai, e pela lentidão em fechar
um acordo de livre comércio com a União Europeia, o grupo formado
por Colômbia, Chile, Peru e México tomou para si o papel de "novo
motor econômico e de desenvolvimento da América Latina" --na
definição do presidente colombiano, Juan Manuel Santos.
De
fora, o Brasil acompanha o crescimento do bloco vizinho tentando não
mostrar preocupação. Segundo o assessor internacional da
Presidência, Marco Aurélio Garcia, a Aliança "não tira o
sono" do Brasil. Para o Itamaraty, não existe "inveja"
ou medo de "perder espaço".
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No
entanto, o contraponto mais liberal ao Mercosul está criado e ganha
atenção --o que se deve, em parte, pelo papel "pouco ativo"
do Brasil e do bloco do sul, na opinião do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso.
"O
Brasil não conseguiu exercer uma liderança capaz de impedir a
fragmentação da América do Sul", disse FHC à Folha.
"Os países do Mercosul, como se sabe, não se esforçaram muito
por acordos comerciais e tampouco avançaram na direção de formar
um verdadeiro bloco integrado."
Em
2011, os quatro países da Aliança do Pacífico já exportaram 10% a
mais em bens e serviços que os cinco membros do Mercosul (incluindo
os dados da Venezuela, que então não fazia ainda parte do bloco).
O
crescimento registrado em 2012 entre os integrantes do grupo do
Pacífico foi de 4,9%, em média --índice bem acima dos 2,2% do
Mercosul.
E
enquanto as negociações de um acordo de acordo de livre comércio
entre Mercosul e União Europeia se desenrolam lentamente após mais
de uma década de discussões, a Aliança já atraiu França, Espanha
e Portugal como membros observadores.
Para
o Brasil, em especial, o bloco do Pacífico ameaça o que era até
então uma importante vantagem comparativa do país: o tamanho do
mercado. Juntos, os países da Aliança têm população de 209
milhões e PIB de US$ 2 trilhões --importância próxima aos 198
milhões de habitantes e US$ 2,4 trilhões de PIB do Brasil.
"Para
atrair investimentos, a Aliança é muito mais interessante que o
Brasil, porque é do tamanho do país, mas cresce mais rápido e tem
condições melhores em termos de qualidade de políticas, com
inflação baixa e economias menos fechadas", avalia Armando
Castelar Pinheiro, coordenador de Economia Aplicada do Ibre
(Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getulio Vargas.
O
governo brasileiro nega ameaça, já que o "dinamismo" do
comércio dos países da Aliança com os europeus é diferente do do
Mercosul.
"O
tamanho das economias e o fluxo de bens que exportamos para a Europa
é outro. Pode haver uma ou outra sobreposição de interesses, mas
tanto em escala como em produto não há por que temer perder
espaço", diz Tovar Nunes, porta-voz do Itamaraty.
COMPETITIVIDADE
O
Brasil sabe, contudo, que o novo bloco na região exigirá maior
competitividade para disputar o mercado tanto com os países que
formam o bloco como dentro deles.
Na
cúpula da Aliança em Cali, na última semana, o grupo definiu a
exclusão total de tarifas para 90% dos produtos comercializados
dentro do bloco --ao menos para 50%, as regras começam a valer em 30
de junho. Fora do bloco, os quatro membros mantêm, somados, acordos
de livre comércio com mais de 50 países.
O
Itamaraty destaca ter acordos de complementação econômica com
Chile, Colômbia, Peru e México, o que garantiria benefícios
tarifários nas trocas comerciais. Só no primeiro trimestre de 2012,
porém, as exportações brasileiras para os quatro países caíram,
em média, 10%.
MAIS
NOTÍCIAS SOBRE A ALIANÇA DO PACÍFICO:
Aliança do Pacífico terá mais sete países observadores e visto comum para turistas
23/05/2013
- 22h53
Leandra
FelipeCorrespondente
da Agência Brasil/EBC
Bogotá
- Ao encerrar na noite de hoje (23) a 7ª Cúpula da Aliança do
Pacífico, em Cáli, na Colômbia - bloco econômico, criado em 2011,
formado pelo Chile, pela Colômbia, pelo México e Peru - os
presidentes dos quatro países assinaram o "acordo marco"
em que são definidas todas as regras e objetivos do bloco.
Eles
também aprovaram a entrada de mais sete países como observadores:
Equador, El Salvador, França, Portugal, Paraguai e República
Dominicana e ainda a criação de um visto turístico para promover o
turismo regional.
"Se
estabeleceu o visto para que os cidadãos de outras nacionalidades
possam visitar, sem restrições, os território dos países que
fazem parte deste bloco", disse à imprensa o presidente
anfitrião, Juan Manuel Santos, ao lado dos colegas do México,
Enrique Peña Nieto; do Chile, Sebastián Piñera e do Peru, Ollanta
Humala.
Foi
firmado ainda um acordo de transparência fiscal entre os países
para combater a sonegação de impostos. A medida será importante
porque, cerca de 90% dos produtos produzidos pelos quatro
países-membros poderão ser comercializados sem nenhuma tarifa. Os
acordos deverão entrar em vigência a partir de 30 de junho.
Os
presidentes também assinaram um documento com regras que definindo
os que países da região devem cumprir para fazer parte do bloco. O
primeiro pedido em estudo é o da Costa Rica, que já firmou um
tratado de livre comércio com a Colômbia.
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Aliança
do Pacífico cria fundo de investimento entre países do bloco
Cada
país contribuirá U$ 250 mil dólares para o fundo, totalizando U$ 1
milhão de aporte inicial
Publicação: 23/05/2013
20:42
Bogotá
- A
7ª Cúpula da Aliança do Pacífico anunciou hoje (23) a criação
de um fundo de investimento comum entre os países que compõem o
bloco comercial (Chile, Colômbia, México e Peru). Cada país
contribuirá U$ 250 mil dólares para o fundo, totalizando U$ 1
milhão de aporte inicial.
"A ideia é impulsionar as iniciativas que estão ocorrendo em cada um dos países-membros da aliança, especialmente as micro, pequenas e média empresas", explicou o ministro de Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno.
Com a criação do fundo de cooperação o bloco pretende garantir a implementação de acordos nas áreas de meio ambiente, mudanças climáticas, inovação, ciência e tecnologia, micro, pequenas e médias empresas, desenvolvimento social e mobilidade acadêmica.
Durante a reunião de presidentes ocorrida hoje, em Cáli, na Colômbia, o grupo mencionou os avanços conseguidos com tratados comerciais, na abertura da embaixada comum em Gana, de escritórios comerciais em Istambul, na Turquia, e nos próximos meses em Casablanca, no Marrocos.
Além da criação do fundo, a Costa Rica, que aspira participar do bloco, assinou um tratado de livre comércio (TLC) com a Colômbia, cumprindo um requisito para fazer parte da aliança. O Panamá também deseja fazer parte do grupo.
"A ideia é impulsionar as iniciativas que estão ocorrendo em cada um dos países-membros da aliança, especialmente as micro, pequenas e média empresas", explicou o ministro de Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno.
Com a criação do fundo de cooperação o bloco pretende garantir a implementação de acordos nas áreas de meio ambiente, mudanças climáticas, inovação, ciência e tecnologia, micro, pequenas e médias empresas, desenvolvimento social e mobilidade acadêmica.
Durante a reunião de presidentes ocorrida hoje, em Cáli, na Colômbia, o grupo mencionou os avanços conseguidos com tratados comerciais, na abertura da embaixada comum em Gana, de escritórios comerciais em Istambul, na Turquia, e nos próximos meses em Casablanca, no Marrocos.
Além da criação do fundo, a Costa Rica, que aspira participar do bloco, assinou um tratado de livre comércio (TLC) com a Colômbia, cumprindo um requisito para fazer parte da aliança. O Panamá também deseja fazer parte do grupo.
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